Um romance repleto de sexo, opressão, amor e a violência, A Borga, de Eduardo Blanco Amor, leva-nos a acompanhar as fatídicas vinte e quatro horas de errância alcoolizada de três homens sob uma interminável, monótona e constante chuva. Apesar de censurado pela ditadura franquista, o livro viria a ser publicado em 1959, em Buenos Aires, e tornar-se-ia num dos grandes marcos da literatura galega. Seis décadas depois, a obra chega finalmente a Portugal, numa edição inédita, publicada com a chancela da Guerra e Paz e o apoio do Departamento de Cultura, Educação e Universidade da Xunta de Galicia. A Borga estará disponível, a partir do dia 14 de Junho, numa tradução de Pedro ventura, incluída na colecção romances de guerra e paz.
Em A Borga, Eduardo Blanco Amor, um dos nomes grandes da literatura galega e espanhola do século xx, leva-nos a acompanhar a descida ao inferno de Castiço e dos seus dois amigos, Mil-homens e Bocas. Três borguistas inveterados que, ao longo de vinte e quatro horas rápidas, inexoráveis, cheias de tensão transgressiva e absorvente, vão deixando um rasto de destruição e sexo por Auria, uma cidade que poderia ser qualquer outra localidade espanhola maltratada do início do século xx.
Um caminho de perdição, revelado através do depoimento em tribunal de um dos protagonistas, que é, também ele, uma viagem à heterodoxia. Conta o autor que o romance «iniciado por causa de uma visão semiconsciente da minha infância», foi escrito em pouco mais de um mês e concentra nele todo um mundo marginal.
Eleito o melhor livro galego de todos os tempos pela crítica, A Borga é, na opinião do filólogo, ensaísta e crítico literário português Rodrigues Lapa, um romance ao qual «não falta nada para ser considerado uma pequena obra-prima». Aplaudida também no cinema, a obra foi nomeada, na categoria de melhor argumento adaptado, ao Prémio Goya, em 2014.
Uma edição Guerra e Paz com o apoio do Departamento de Cultura, Educação e Universidade da Xunta de Galicia, A Borga chega finalmente à rede livreira nacional, no próximo dia 14 de Junho.
Eduardo Blanco Amor
Tradução: Pedro Ventura
Ficção / Romance
104 páginas · 15×23 · 13€
Nas livrarias a 14 de Junho
