As Caves do Vaticano

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Uma das obras mais memoráveis de André Gide, escritor francês galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1947, o romance As Caves do Vaticano foi alvo de amores e ódios na época da sua publicação, em 1914. Acusado de anticlericalismo, Gide foi mais tarde censurado pelo Vaticano e a sua obra foi incluída na lista negra da Igreja Católica, o Index Librorum Prohibitorum. Um século depois, a leitura desta magistral sátira, em que convivem intrigas palacianas, a ameaça do terrorismo e reflexões morais e filosóficas, ao redor da Basílica de São Pedro, mantém toda a relevância. É por isso agora recuperada e publicada pela Guerra e Paz numa edição «Admirável Mundo do Romance», recém-inaugurada colecção que traz aos leitores portugueses clássicos recentes da literatura universal. As Caves do Vaticano chega à rede livreira nacional no próximo dia 12 de Julho, numa tradução de Maria Ana Matta. 

E se o Papa fosse secretamente sequestrado? Nas páginas d’As Caves do Vaticano, André Gide, um dos principais escritores do século XX, leva-nos a acompanhar o plano ardiloso de um grupo de vigaristas: espalhar o rumor de que o verdadeiro pontífice estará preso em câmaras subterrâneas, para assim extorquir dinheiro a troco da promessa de libertação. 

Marcada pela crítica social e por uma estrutura narrativa original, a obra, que o autor classificou como uma sotia, uma farsa satírica, cruza intrigas e personagens, levantando questões perturbadoras sobre as escolhas sociais e morais – de que se destacam o acto gratuito perpetrado por Lafcadio, que empurra um homem de um comboio em movimento. 

Uma notável incursão pelo existencialismo e pelos sentimentos humanos, As Caves do Vaticano tornou-se num alvo a abater pela Igreja Católica, mas também num alvo de adoração para os amantes de literatura. «As Caves do Vaticano é o melhor livro de Gide e o melhor romance satírico que li em vinte anos, isto é, desde que comecei a ler [autores vivos]», destacou o poeta e crítico francês André Suarès, contemporâneo de Gide. Marcel Proust considerou mesmo que o romance representa o que é «verdadeiramente uma Criação, no sentido genesíaco de Miguel Ângelo; o Criador está ausente, é ele quem tudo faz, e não é uma das criaturas. Vejo-o a determinar as idas e vindas de Fleurissoire como o Deus colérico da Capela Sistina a fixar a Lua no Céu».

Tão provocador, divertido e actual como em 1914, As Caves do Vaticano terá agora uma nova edição em Portugal, traduzida por Maria Ana Matta e publicada pela Guerra e Paz Editores, que chega à rede livreira nacional no próximo dia 12 de Julho. A obra poderá ainda ser adquirida através do site oficial da editora. 

 

 

Admirável Mundo do Romance

As Caves do Vaticano

André Gide

Ficção / Romance

240 páginas · 15×23 · 17 €

Nas livrarias a 12 de Julho 

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