As escolhas dos nossos leitores

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Os livros odeiam os armazéns. Os armazéns são lugares frios e silenciosos que enregelam a capa mate ou brilhante de qualquer livro. Mesmo o miolo começa a engelhar de desgosto. Em vez desse lugar inóspito, o livro quer ir para uma casa onde lhe caia um gota de vinho ou de café em cima. Pode até haver miúdos a correr, umas ferazinhas que lhe podem rasgar uma folha, mas é dessa vida, do calor dos gritos, das tropelias de um cão ou de um gato, que um livro precisa.

Há umas boas centenas de livros que o nosso site mandou, este mês, para casa dos nossos leitores. É altura de fazer um ponto de situação e, porque toda a gente aprecia uma contagem, trazer-vos o nosso top 5 de vendas no site da Guerra & Paz. Em countdown, ou seja dos menos para o mais vendidos dos cinco primeiros.

 O 5º foi O Vermelho e o Negro, o romance de Stendhal, um dos nossos mais recentes Clássicos Guerra & Paz. Já agora digo-vos que a surpresa de Janeiro, nos Clássicos, foi a venda do Moby Dick, livro editado a meio de 2017, ainda que, se fizermos o balanço do acumulado, os mais vendidos sejam Os Maias, do nosso tio Eça e Os Lusíadas, do avô Camões.

Em 4º lugar tivemos um persistente Mein Kampf. Como sabem, este é um livro de capa dura, com muitas imagens e com um enquadramento de cerca de 100 páginas de análise histórica do nazismo e, em particular, do holocausto, com um levantamento rigoroso dos crimes de Adolf Hitler e dos seus sequazes. É uma edição cuidada, com centenas de fotografias, a que os leitores têm dado a sua preferência. Diga-se que, da mesma colecção – Livros Malditos – outro livro com muitas vendas tem sido o Manifesto Comunista, de Marx e Engels. Os dois livros estão à beira de esgotar e vamos avançar para 7ª edição do Mein Kampf e para a 2ª edição do Manifesto. Do primeiro com vendas a caminhar para os 10 mil, do Manifesto, 2 mil.

Em 3º lugar está o fantástico Dicionário de Palavras Soltas do Povo Transmontano. A 2ª edição já chegou às livrarias e só nos dá vontade começar a fazer mais Dicionários. Já temos dois, pequenininhos, uns livrinhos meninos, o Pequeno Dicionário Caluanda e o muito original Dicionário de Palavras Supimpas, que José Alfredo Neto escreveu com garbo e gabarito.

Em 2º lugar, com uma entrada imparável, porque em “Janeiro, sobe ao outeiro. Se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires terrear põe-te a cantar“, temos o Almanaque Português. É um livro lindo, útil, divertido, agregador, um livro de afectos, diria Marcelo Rebelo de Sousa. É uma produção da equipa da Guerra e Paz e saiu em Janeiro, com outro título também de afectos, Uma Filha Nunca Esquece Uma Mãe, que está também com boas vendas, e que estamos a guardar para o Dia da Mãe.

E por fim, em 1º lugar em Janeiro, O Físico Prodigioso, o nosso livro de luxo publicado para o Natal. Pensámos que depois do Natal e acabadas as prendas, as vendas abrandariam. Mas deve ter sido para o Dia de Reis, à espanhola, que muitos o compraram para oferecer o derradeiro presente. É aquele livro de que alguém disse que, por vezes, um livro pode ser muito mais bonito do que um Porsche. 

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