Impressão Indelével

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O sofrimento amoroso, a morte e a saudade são os ingredientes principais de Impressão Indelével, d’O Esqueleto e d’A Caveira. Três contos funestos de Camilo Castelo Branco, raros na literatura portuguesa, que nos apresentam o retrato de paixões tão exacerbadas que levam o amador a negar a morte, preservando o cadáver da amada ou até arrancando‑a do túmulo. Três pequenos romances, como lhes chamou Camilo, que agora são recuperados numa edição Clássicos Guerra e Paz. Impressão indelével, que adopta o título do primeiro dos textos que lhe dão corpo, conta com uma intensa e laudatória análise de João Bénard da Costa, escrita para a edição que inaugurou, em 2006, o arranque da Guerra e Paz. A obra poderá ser encontrada na rede livreira nacional, nas principais plataformas de ebooks e no site da Guerra e Paz Editores a partir do próximo dia 31 de Maio.

Caricatas, terríficas, macabras, sinistras, tenebrosas, horríficas, tétricas, quiçá sobrenaturais. Três das histórias que o genial Camilo Castelo Branco nos deixou escritas no século xix, levam-nos a visitar o lado lunar do escritor maior da segunda fase do romantismo português. Sim, Camilo foi «sempre avesso a escolas e a correntes» e «ideologicamente flutuante», segundo o investigador Abel Barros Baptista.

Enquadrados naquilo que alguns chamam «literatura gótica», os contos O Esqueleto, de 1848 – anterior ao romance de 1865 com o mesmo título –, A Caveira, de 1855, e Impressão Indelével, de 1857, demonstram essa liberdade criativa de Camilo, que neles aproximou as duas fases do Homem: a mortal, corpórea e carnal, e a imortal, dos esqueletos e dos que abandonam o reino dos vivos e se juntam ao reino da arte, numa transgressora dança necrófila.

Praticamente dois séculos depois, as três obras são agora novamente reunidas, numa reedição da Guerra e Paz Editores, que, segundo a nota editorial, não foi motivada por «nenhum propósito académico, nem a sustentação de qualquer tese necrófila que, por certo, os grandes romances de Camilo cabalmente desmentiriam. Quisemos apenas proporcionar ao leitor duas horas de leitura intensa.»

Impressão Indelével, que adopta o título do primeiro dos textos que lhe dá corpo, conta com fixação textual e notas introdutórias de Maria José Batista, uma cronologia de Camilo Castelo Branco e Imagens de cabelos arrepiados, uma brilhante análise às três histórias de Camilo que João Bénard da Costa nos deixou e que enriquece ainda mais esta edição. No texto, o crítico e ensaísta levanta uma questão que nos deixa, também ela, uma impressão indelével: «Ocorre-me apenas perguntar se estes contos, e este romance em forma de conto, não terão sido o amor de perdição do escritor que pensava que sabia por que mistério as lembranças mais vizinhas do berço andam juntas aos temores do túmulo.» A fixação do texto desta edição é da responsabilidade de Maria José Batista.

Uma edição Clássicos Guerra e Paz, Impressão Indelével estará disponível, a partir do próximo dia 31 de Maio, na rede livreira nacional, nas principais plataformas de ebooks e no site da editora.

 

 

Clássicos Guerra e Paz

Impressão Indelével

Camilo Castelo Branco

Ficção / Romance Lusófono

128 páginas · 15×23 · 14 €

Nas livrarias a 31 de Maio

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