Maggie, Uma Rapariga das Ruas

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Um retrato chocante e inexoravelmente honesto do lado mais sórdido da Nova Iorque do final do século xix. Maggie, Uma Rapariga das Ruas exibiu toda a genialidade, que o mundo viria a reconhecer a Stephen Crane, quando o escritor norte-americano tinha apenas 21 anos. Hoje, 130 anos depois, Maggie, imortalizada nas palavras do seu autor, continua bela e ingénua e vê a sua história publicada, pela primeira vez em Portugal numa tradução de Sónia Amaro. Maggie, Uma Rapariga das Ruas estará disponível na rede livreira nacional, a partir do próximo dia 19 de Abril, numa edição Guerra e Paz Editores que inaugura, lado a lado com Ethan Frome, de Edith Wharton, a colecção «Admirável Mundo do Romance», que trará aos leitores portugueses clássicos recentes da literatura mundial.

 

Em Maggie, Uma Rapariga das Ruas somos levados, pelo génio do escritor norte-americano Stephen Crane, a vaguear pelos marginais subúrbios da Nova Iorque dos finais do século xix e a conhecer a história de Maggie Johnson, uma bela e ingénua rapariga que «desabrochou numa poça de lama. Cresceu sendo a produção mais rara e maravilhosa de um edifício de bairro». Somos levados, além da preciosa excepção daquela jovem, a testemunhar o lado mais sórdido da cidade, numa intensidade vivaz e repleta de ironia que chocou o mundo.

Neste brilhante romance, Crane reflecte não só o ambiente dos bairros, das ruas, bem como a linguagem, por vezes corriqueira, por vezes culta, das suas gentes, enriquecendo o texto com coloquialismos estudados. O autor conhecia bem aquela Nova Iorque e é tudo tão autêntico no livro que o leitor é levado a questionar: Maggie existiu? A resposta possível está numa história publicada na revista The New Yorker, pelo escritor norte-americano Caleb Crain: «uma noite, ao sair de um jogo de póquer tardio, um amigo reparou que havia uma rapariga na cama de Crane e, referindo-se ao seu romance, perguntou: “É Maggie?” “Uma parte dela”, disse Crane.»

Teria este romance todos os ingredientes do realismo norte-americano, não ostentasse o mérito de ser o primeiro da ficção americana a não dizer ao leitor o que pensar. Em vez disso, e segundo afirma o escritor norte-americano Paul Auster, «apenas lhe é pedido que se deixe envolver e que, depois, tire as suas próprias conclusões.» Auster publicou recentemente uma biografia sobre Crane, na qual considera Maggie, Uma Rapariga das Ruas uma obra expressionista e absurdista, «um estranho poema visionário, de narrativa pura, sem análises sociais, sem pedidos de reforma e sem reflexões psicológicas que expliquem porque é que as personagens fazem o que fazem.»

Mais de um século depois da sua publicação, a obra-prima de Crane ainda não havia sido traduzida e publicada em Portugal. Uma lacuna que a Guerra e Paz Editores vai agora finalmente colmatar com uma edição traduzida por Sónia Amaro que inaugura, lado a lado com Ethan Frome, de Edith Wharton, a colecção «Admirável Mundo do Romance», que reúne clássicos recentes. Maggie, Uma Rapariga das Ruas chega à rede livreira nacional no próximo dia 19 de Abril, mas já se encontra disponível, em pré-venda, no site da editora.

 

Admirável Mundo do Romance

Maggie, Uma Rapariga das Ruas

Stephen Crane

Ficção / Romance

116 páginas · 15×23 · 14 €

Nas livrarias a 19 de Abril

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