Lançamos-lhe um desafio que começa em nós próprios: ficcionar o diálogo de cinco autores. Todos vivos, porque não há autores mortos.
Quantas vezes Eduardo Lourenço terá falado com José Saramago? Mesmo agora, um vivo e o outro morto, poderão continuar a falar? Se lermos este singelo Eduardo Lourenço: A História é a Suprema Ficção o que dirá esse livrinho de quase oralidade de Lourenço (em conversa com José Jorge Letria) ao Ensaio Sobre a Cegueira que a coberto da palavra «ensaio» é pura ficção?
E o que dirá este livro amarelo, em que o vivíssimo Jerónimo Pizarro juntou Álvaro de Campos e Walt Whitman ao livro de tantas cartas de Eugénio de Andrade a Jorge de Sena? E poderão esses dois livros dialogar com o livro de um sábio e poético Jesus, que Robert Graves imaginou no seu Rei Jesus?
São cinco livros da Guerra e Paz editores. Têm boas capas, mas garanto-vos que ainda são mais belos por dentro do que por fora. Belos e vivos.