Treze anos depois da distinção do seu Los Dás del Juego, Emerio Medina, multipremiado escritor cubano que em Portugal publicou o romance Os Fantasmas de Ferro em Julho de 2022, volta a vencer o cobiçado Prémio Ibero-Americano de Conto Julio Cortázar com El Hombre que Vino a Leer, um texto que segundo o júri do galardão «apresenta um uso eficaz da linguagem», numa «homenagem secreta a Cortázar, que recorre a recursos do grande fabulista argentino, tais como a incerteza».
Autor de Os Fantasmas de Ferro, uma das preciosidades escondidas, quase secreta, que encantou os leitores portugueses no Verão de 2022 (leia aqui o comunicado de imprensa do livro), Emerio Medina, engenheiro mecânico de 57 anos que tem encantado os leitores da América Latina, Espanha e Portugal com a sua pena, volta a dar que falar com o seu mais recente conto El Hombre que Vino a Leer (O Homem que Veio para Ler).
Mas que livro é este que acaba de vencer a edição de 2023 do Prémio Ibero-Americano de Conto Julio Cortázar? Diz o júri do galardão, composto pelos escritores Dazra Nova, Hernán Ronsino e Emmanuel Tornés, que se trata de uma «uma história muito bem construída, entre fronteiras ténues da ficção», que nos fala da criação literária e a leitura.
Explica o autor que esta narrativa «nos leva à zona mais doméstica do escritor, ao que se faz em casa para escrever, ao que nos impede de escrever. O objectivo do conto é mergulhar nesse mundo de que pouco se fala em Cuba.»
Criado para homenagear o grande escritor argentino, o Premio Ibero-Americano de Conto Julio Cortázar dá anualmente voz aos contadores de histórias de todo o mundo que escrevem em língua espanhola, numa acção conjunta do Instituto Cubano do Livro, a Casa de las Américas e a União de Escritores e Artistas de Cuba, sob os auspícios do Ministério da Cultura da Argentina.
A Guerra e Paz Editores felicita o seu autor por esta merecida distinção, que premeia uma das mais elegantes escritas da literatura cubana contemporânea, que narra com absoluto domínio literário as idiossincrasias e os sonhos perdidos de um país e de um povo.
