A Associação Portuguesa de Escritores anunciou hoje, dia 23 de Junho, o vencedor da 5.ª edição do Grande Prémio de Poesia Maria Amália Vaz de Carvalho APE | CM de Loures, que desde 2019 premeia anualmente o melhor livro de poesia em língua portuguesa. Que túmulo em que talhão, livro de João Moita, cativou o júri do prémio, que o considerou «uma força discretamente avassaladora no panorama actual da poesia portuguesa, enriquecendo-a com uma voz consistente, pujante e singular».
Que túmulo em que talhão é uma obra que mergulha numa natureza indiferente, na sua amoralidade, ao humano. O livro evoca essa exuberante e aparentemente cruel força da natureza, na vida e na morte. Segundo o comunicado da Associação Portuguesa de Escritores, a obra escolhida, por voto unanime do júri constituído por Isabel Cristina Mateus, Luís Filipe Castro Mendes e Maria Etelvina Santos, apresenta «uma conjugação perfeita entre o poético, o pictórico e o reflexivo», acrescentando que esta é «a fotografia a preto e branco de uma vila ribatejana; mas é também o retrato de um interior desamparado, rarefeito de gentes, que se dá a ver sem rodeios nem filtros ao olhar do leitor.»
Amplamente aplaudido enquanto tradutor, João Moita vê também agora a sua voz poética «discretamente avassaladora» distinguida pelo prestigiante prémio instituído pela Associação Portuguesa de Escritores e patrocinado pela Câmara Municipal de Loures. O jovem poeta sucede a Gastão Cruz, Fernando Guimarães, Nuno Júdice e António Carlos Cortez, anteriores vencedores do galardão literário.
A Guerra e Paz Editores felicita João Moita por esta merecida distinção, que muito honra também a editora. Que túmulo em que talhão é o segundo livro do autor, depois de Uma Pedra sobre a Boca, de 2019, publicado na colecção de poesia mais nobre da editora. Também na Guerra e Paz, como tradutor, João Moita assinou trabalho de excelência nas traduções de Lord Jim, de Joseph Conrad; Canto de Mim Mesmo, de Walt Whitman; Romanças sem Palavras e Festas Galantes, de Paul Velaine; e Uma Temporada no Inferno e Iluminações, de Jean-Arthur Rimbaud.