Aquele por Quem o Escândalo Chega

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Num tempo em que a espiral de violência ameaça submergir-nos é inevitável questionar a sua origem. Será política? Biológica? O que nos está a escapar? No livro Aquele por Quem o Escândalo Chega, René Girard, figura maior da antropologia deste século, a par de Claude Lévi-Strauss, responde a estas inquietações com uma assombrosa reflexão sobre os mecanismos da violência. Segundo o autor só a consciência do «desejo e da rivalidade mimética» nos permite compreender a vertigem com que se confrontam as nossas sociedades. Uma verdadeira introdução a um dos grandes pensadores do nosso tempo, ainda pouco conhecido em Portugal, Aquele por Quem o Escândalo Chega chega à rede livreira nacional a partir do próximo dia 10 de Outubro, numa tradução de Maria José Figueiredo que integra a colecção «Os Livros Não se Rendem». 

 

A violência parece estar num processo de escalada que faz lembrar a propagação de um incêndio ou de uma epidemia. Após profunda análise do tema, Réne Girard afirma, em três ensaios inéditos, reunidos no livro Aquele por Quem o Escândalo Chega, que a violência não é nem política nem biológica, mas sim mimética, pois segundo o filósofo, antropólogo e teólogo francês «o mimetismo é a própria substância das relações humanas, sejam elas quais forem».

Acrescenta o autor que se ignorarmos os mecanismos de imitação, impedimo-nos de compreender os perigos que nos ameaçam. Esta reflexão leva-o a insurgir-se contra o relativismo das ciências humanas e sociais que mina o pensamento contemporâneo. Muitas vezes acusado de exibir etnocentrismo na sua perspectiva antropológica, Girard afirma que «as pessoas que criticam o «etnocentrismo ocidental» estão profundamente convencidas de que nada devem a esse Ocidente que atacam ferozmente. Na realidade, a sua perspectiva é o mais ocidental possível, mais tipicamente ocidental até que a dos seus adversários. A revolta contra o etnocentrismo é uma invenção do Ocidente, e não existe fora dele.»

Por fim, Girard sublinha a contribuição decisiva da antropologia cristã, expondo os pontos que o ligam ou que o opõem a Claude Lévi-Strauss. «Trata-se de uma rectificação da chamada «anti-sacrificial» que caracteriza os meus primeiros escritos sobre o tema» mas que «não introduz qualquer alteração na antropologia mimética». Ao mesmo tempo, revela as grandes linhas da sua obra: o darwinismo revisitado e a antropologia resolutamente correlacionada com a teologia.

Uma edição Guerra e Paz, apoiada pela Fundação Manuel António da Mota, a Mota Gestão e Participações e a mediadora de seguros Novus Tempus, Aquele por Quem o Escândalo Chega chega à rede livreira nacional, no próximo dia 10 de Outubro, numa tradução de Maria José Figueiredo, com o selo «Os Livros Não se Rendem», colecção tem como um dos pontos de honra a oferta de 300 exemplares de cada um dos títulos publicados à rede pública de bibliotecas.

 

Outros títulos da colecção:  O Crisântemo e a Espada: Padrões da Cultura Japonesa, de Ruth Benedict, Os Últimos Dias de Hitler, de Hugh Trevor-Roper, Arrogância Fatal – Os Erros do Socialismo, de Friedrich A. Hayek, Esperança e Medo – Dois Conceitos de Liberdade, e A Busca do Ideal: História das Ideias, de Isaiah Berlin, A Destruição do Espírito Americano, de Allan Bloom, A Pluralidade dos Mundos, de Thomas S. Kuhn, Tempestades de Aço, de Ernst Jünger, e A Religião Woke, de Jean-François Braunstein.

 

 


Esta colecção tem o alto patrocínio de:

 

 

Os Livros Não se Rendem
Aquele por Quem o Escândalo Chega
René Girard
Não Ficção / Filosofia
128 páginas · 15×23 · 15,00 €
Nas livrarias a 10 de Outubro
 

 

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